Hunt The Truth – 2º Temporada – Boletim 01

Halo Project Brasil, 30 de setembro de 2015

A 343 pegou muita gente de surpresa liberando o segundo episodio da segunda temporada do Hunt The Truth na mesma semana que o primeiro. A série em áudio, em sua primeira temporada, era liberada apenas uma vez por semana, sempre aos domingos às 18h. Este novo episódio se chama “Cube B-349”,  e além do áudio também foram liberados vários videos bem curtos, aparentemente de câmeras de vigilância. Master Chief aparece correndo no último deles.

Segue os videos na ordem em que foram liberados:

DAVIS-CAM-F

BRODY-CAM-A

LATIMER-CAM-A

MARTIN-CAN-B

ORTIZ-CAM-B

HART-CAM-AD

PEET-CAM-AB

CHEN-CAM-AB

MORSE-CAM-AB

Também foi liberada uma imagem com o Titulo “Under Glass”

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 “Pobre Benjamin Giraud. Ainda caçando a verdade. Ainda havia um pingo de esperança nele. Mas agora se foi também. Difícil dizer, através do sangue.”

Segue abaixo o áudio com a tradução:

Meu disfarce foi tão longe que ninguém fora da operação sabia que eu era uma agente. Era por isso que estavam me mandando à Instalação Midnight, um obscuro segredo da ONI escondido nas sombras de um cinturão de asteroides. Há um numero de penitenciárias pelo espaço cujas reputações falam por si só e seus nomes despertam medo nos corações dos inimigos do estado. Esta instalação não era um deles. Midnight não era do tipo que reformava criminosos, mas sim do tipo que os fazia desaparecer. No caminho, eu pedi três vezes para verificar a lista de baixas. Eu vi os vídeos do tiroteio de novo e de novo, me forçando a assistir aquela matança, a aceitar que eu os pus naquela situação. Agradecidamente, nem todos foram mortos. Boswick, um dos meus melhores amigos e braço-direito da rebelião, estava entre os que escaparam. Isso me deu esperança, mas eu não conseguia ficar confortável vendo meus amigos e seguidores morrerem.

Tully: Comandante, já vamos pousar.
Maya: Obrigada.

Eu olhei pela janela mas tudo que vi foi um enorme asteroide. Era díficil de acreditar que lá dentro havia uma prisão secreta com poder bélico suficiente para derrubar uma frota Covenant. Ao passo que nos dirigíamos à entrada escondida do outro lado da rocha, o tamanho exorbitante das instalações ficava aparente. A nave entrou em um túnel escuro. Após uma eternidade – ou pelo menos era isso que eu sentia -, nós chegamos ao hangar.

Elba (IA): Bem-vindos à instalação Midnight.

Assim que as portas se abriram, eu me apressei para sair da nave. Um dos ODSTs estava limpando o sangue de suas botas alegremente. Tudo o que eu queria fazer era sair dali.
Eu me encontrava dentro daquele enorme hangar. Paredes de cem metros de altura e totalmente vazias! Exceto por uma série de luzes nos guiando a duas pequenas portas. Era um lugar desolado.

Tully: Devo lhes lembrar de que esta operação será totalmente secreta?
Grey: Sim, senhor.
Wiley: Ei, FERO! De nada.
Maya: Por quê?
Wiley: Por te salvar naquele lugar.

Eu nem mesmo lembro de ter socado ele.

Wiley: Você não deveria ter feito isso!
Maya: Você não faz ideia! Havia…
Wiley: Eu devia ter lhe deixado lá para morrer com aqueles ratos!
Tully: Por favor, parem com isso! Parem com isso agora!

Eu acho que me saí muito bem.

Wiley: Sim, senhor.

Elba (IA): Olá, Comandante Sankar. Bem-vinda a Midnight. O Capitão Reibach está lhe aguardando no décimo oitavo andar. Se você desejar chegar lá…
Maya: Eu vou visitar os cubos primeiro.
Elba (IA): Comandante…

Eu decidi fazer um tour. Havia alguém que eu precisava ver. A IA parecia surpresa, mas eu consegui a liberação.

Elba (IA): Sim. Por favor, siga o caminho até o seu destino.

Luzes azuis piscando me guiavam pelo que parecia um corredor sem fim, preenchido por cubos sem janela, cada um idêntico ao outro. Com exceção do zumbido das luzes, o lugar era silencioso. Eu parei no cubo B-349.

Elba (IA): Não é uma boa escolha, Comandante…
Maya: Me mostre.

O vidro foi de opaco à transparência de mão única. Dentro do cubo, entre um beliche mal-ajambrado e um pequeno banheiro, eu o vi. Sentado de pernas cruzadas no chão, escrevendo com uma caneta porosa em um papel… ele estava imerso em seus pensamentos, movendo os lábios enquanto trabalhava. O homem mais odiado na Terra, o tão amado símbolo de protesto de dezenas de milhares nas Colônias Exteriores, o valente jornalista tachado como traidor. Esse era Benjamin Giraud. Ou pelo menos o que restou dele.
Eu prometi a meus seguidores que o libertaria, mas eu não iria fazer isso. Ninguém iria. A ONI exilou Ben aos confins de seu império e é lá que ele permanecerá. Ah… eu mal podia olhar para ele. Em parte porque, de um modo estranho, eu o considerava meu amigo, mas sobretudo porque eu era quem o botou ali dentro.
Mas eu não estava procurando perdão. Eu sentia que deveria pagar. Quando eu esperava que Ben fosse me escorraçar…

Maya: Visão de mão dupla, por favor.
Benjamin: Me desculpe. Me desculpe, eu não posso discutir os pormenores agora. Eu ainda estou editando, eu…
Maya: Ben…

Eu nem mesmo vi seu rosto se voltar para mim, mas de repente ele estava olhando diretamente para mim. Seus olhos, impossivelmente rígidos, estavam presos nos meus. Esse não era o Ben do qual eu me lembrava, era outra pessoa.
Eu me senti exposta, como se estivesse sido pega. Lentamente, ele se pôs de pé e… eu congelei. Eu não estava mais em Midnight, eu estava no mundo de Ben. E eu era uma intrusa.
Ele andou até o vidro e parou. Eu queria confrontar o que havia feito com Ben, dar a ele uma chance de me eviscerar com palavras… mas agora que ele estava aqui, na minha frente, tudo o que eu conseguia pensar era que a parede de vidro entre nós dois parecia terrivelmente fina.

Benjamin: Oh, você…
Maya: Ben… eu sei.
Benjamin: Eu sabia.
Maya: Ei, ouça, Ben. Eu só queria te dizer que eu…
Benjamin: Você é uma mentira!
Maya: Eu…
Benjamin: Hahahahaha! Eu sabia que você não iria passar por aquela missão suicida, eu ficava tentando me convencer o tempo todo! Mesmo quando eu ferrei com tudo, eu continuava dizendo: “A FERO vai achar outro jeito”.

Ele não sabia. Ele estava feliz por me ver! Eu não podia acreditar! Eu acho que eu estava tão ocupada punindo a mim mesma com a culpa que não parei para pensar na possibilidade de que Ben ainda acreditava na FERO. Eu não sabia o que dizer.

Benjamin: Espera…
Maya: Quê?
Benjamin: Espera, espera… você não pode estar aqui. Você sabe o que esse lugar é, FERO? Você passou por toda essa tecnologia, a IA, o monitor, tudo? Eles já devem estar procurando por você!
Maya: Eu não vou ficar aqui por muito tempo, ok? Não se preocupe com isso, confie em mim. Eu só… eu precisava…
Benjamin: É claro! Você sabe o que está fazendo, obviamente. Eu não pensei nisso, eu só… Ah Deus, é tão bom te ver. Você está bem?
Maya: Eu… é, eu estou bem. Como vai você?
Benjamin: Eu estou bem, muito bem. Estive escrevendo, me mantendo ocupado…
Maya: Isso na sua cama é sangue?
Benjamin: Quê? Sim…
Maya: O que aconteceu?
Benjamin: Não, não, não, não…
Maya: Foi algum dos guardas? É isso que eles fazem com você aqui?
Benjamin: Isso tudo fui eu. Fui eu. É que… eu não estava realmente preparado para isso. Você sabe, eu não conseguia achar uma luz. Eu escrevi sobre isso, mas é uma realidade diferente, obviamente. E aí era difícil às vezes, eu perdi o controle sobre minhas emoções, sabe, é uma reação psicológica bem comum. Mas isso, isso foi tudo minha culpa. Há alguns guardas que, se eu ficar muito estressado, podem tocar música para me acalmar e se eu realmente estiver fora de controle eles ligam o gás e eu simplesmente durmo. Tá tudo bem.
Maya: Ugh…
Benjamin: Não, sério, eu sei que parece ruim, você está certa. Mas isso foi há um tempo atrás. Veja, veja, minhas mãos estão cicatrizadas, tá tudo bem! Espera, espera… não, não, não, não…
Maya: O quê?
Benjamin: Espera aí, me mostre seu COM-pad.
Maya: Ben, eu…
Benjamin: Não, não, não, qual é, deixe-me ver. É rápido, por favor, me mostre seu COM-pad, eu preciso ver a hora.
Maya: Ok.
Benjamin: Sete e quarenta e três. Entendi. Abaixe-o e me mostre de novo. Não fale, só me mostre. Sete e quarenta e três. Obrigado, obrigado. Ok. Isso é real. Isso é real. Entendi. Ok, ok, bom. Desculpe, isso é um truque que faço para me assegurar de que não estou sonhando. Essa coisa da hora é uma história clássica mas a hora não mudou, e eu realmente sei que isso não é um sonho. Hah, sim, sim, eu sei… parece insano, mas eu não tenho um relógio, sabe? Isso mexe com a sua cabeça! Primeiro, se eu estivesse fora da cela, eu saberia que é um sonho, porque eles não me deixam sair. Mas aí os sonhos começaram a se passar na minha cela também e as coisas ficaram confusas. Tipo “O que é real? E o que não é?”.

O que é real e o que não é. Era o que a história de Ben tinha sido sobre. Ele lutou contra décadas de encobrimentos para evidenciar as atrocidades que nosso governo havia enterrado, porque ele achava que o povo merecia a dignidade de saber a verdade. E agora, enterrado em um buraco em Midnight, ele foi rebaixado a ponto de procurar a mais básica verdade humana. Ben não tinha mais a dignidade de saber se as coisas eram reais ou não.

Benjamin: FERO…
Maya: Sim, Ben.
Benjamin: Todos sabem que eu sou o cara mau, certo?
Maya: Eles ainda torcem por você, Ben. Pessoas por todas as Colônias Exteriores querem você livre, querem justiça, querem que você…
Benjamin: Não, não, não! Eu não quero isso!
Maya: O quê?
Benjamin: Eu quero ajudar! Olha, eu quero que as pessoas ouçam isso. Aqui, ouça, é algo no qual estive trabalhando.
Maya: Ben…
Benjamin: É o meu jeito de consertar tudo. Ainda é um esboço, mas é uma mensagem de paz. E um pedido de desculpas! E no final, eu quero te agradecer pessoalmente.
Maya: Oh, não. Ben…
Benjamin: Não, não se preocupe. Não se preocupe. Eu não vou lhe responsabilizar por nada, mas você salvou a minha vida, FERO. E não foi só no meu apartamento, isso…
Maya: Não, eu não salvei sua vida, eu matei duas pessoas inocentes!
Benjamin: Não, não, não, você só estava tentando me proteger, você não tinha escolha! Se o sangue deles está nas mãos de alguém, essa pessoa sou eu! Eu te coloquei naquela situação, eu coloquei aqueles agentes…
Maya: Eles nem mesmo iriam te matar, Ben. Eles só…

*alto-falante*
Michael: Aqui é o comandante Michael Sullivan. Você está em violação de regulamentações federais prisionais.

Benjamin: Vai, saia daqui, FERO. Agora, agora!
Maya: Eu, eu…
Benjamin: Por favor, agora! Vai!
Maya: Eu…
Michael: Se afaste do vidro…
Maya: Ugh.
Michael: E venha até meu escritório imediatamente. Este é seu último aviso.
Benjamin: Sobre o quê ele está falando? O quê ele está falando? O quê tá acontecendo?
Michael: Você não tem mais permissão para falar com o meu prisioneiro, Agente Sankar.
Benjamin: Agente Sankar? O quê…
Maya: Me desculpe, Ben.
Benjamin: O que é isso? O que é isso? Não, não… me mostre as horas, me mostre as horas. Me mostre seu COM-pad.
Maya: Ben, eu só queria…
Michael: Se afaste, Comandante.
Benjamin: Não, não, não…
Maya: Me desculpe.
Benjamin: Mas você é minha amiga! O quê? Você trabalha pra ONI?
Maya: Ben, me desculpe. Eu só…
Benjamin: Como você pode fazer isso comigo?
Michael: Se acalme, Ben.
Maya: Não, não, não! Ben, me desculpe, me desculpe! Eu só…
Benjamin: Todo dia! Todo dia desde que cheguei aqui eu me preocupava com você! Eu me preocupava com a FERO! Mas você não é real!
Maya: Me desculpe…
Benjamin: Quem é você?
Michael: Ben, se acalme ou teremos que dar um jeito nisso.
Benjamin: Quem é você? Quem é você? Quem é você?
Elba (IA): Administrando sedativo.
Maya: Não! Não! Ben…
Michael: Opacificar vidro.
Maya: Ben?

E então, silêncio. Corri para o escritório de Sullivan.

Maya: Você está louco?
Sully Maya! Sente-se, por favor.
Maya: Eu prefiro ficar de pé.
Michael: Eu insisto.
Maya: Ou o quê? Você vai me sedar também?
Michael: O sedativo é uma medida infeliz que temos que tomar quando Ben está se machucando. Antes de eu chegar lá, ele socava as paredes, não havia tido nenhum contato humano durante semanas. Havia desenvolvido um tique, coçava a cabeça o dia todo, todos os dias, até o couro cabeludo rasgar. Então eu mudei os protocolos, ofereci tratamento médico, coloquei tudo de volta nos trilhos. Eu lhe dei tarefas para fazer, para que o tempo passasse mais rápido, e adivinha? Ben voltou ao normal. Nada de gás. Até hoje, quando você decidiu aparecer e e fazer uma visitinha não autorizada a um prisioneiro e jogar todo o meu trabalho no lixo e tudo que temos realizado até agora!
Maya: Poupe-me dessa baboseira, Sully! Por quê está aqui?
Michael: Estamos preparando Ben para uso potencial em relações públicas. Uma mensagem em vídeo para os adeptos do “Libertem Giraud”.
Maya: Você está acabando com ele para depois exibí-lo em um de seus showzinhos depravados?
Michael: Se com “exibí-lo” você quer dizer “apaziguar as massas”, então sim.
Maya: Uau…
Michael: Ele quer isso, você ouviu.
Maya: Essa não é a questão. Ele está sangrando e você ainda está o apertando! E sobre o seu plano, não vai funcionar com seus simpatizantes. Eles são só…
Michael: Ouça, eu respeito sua opinião, de verdade. Mas ao avaliar o assunto, os melhores analistas da organização aparentemente não sentem a necessidade de consultá-la. No entanto, estou certo de que a opinião de alguém que esteve vivendo na sarjeta por cinco anos poderia ser valiosa. Eu vou trazer de volta a cadeia de comando.
Maya: Tá vendo? Esse é o seu problema. Você está enclausurado em sua torre de vidro em Boston. Você não tem idéia do que está acontecendo no chão.
Michael: Ouça, eu ouvi o discurso de FERO. Você está afastando as facções do conflito e isso é ótimo. Mas a menos que sua coalizão de abraços e compreensão possa acabar espontaneamente com a rebelião, vamos ter de destruir alguns corações e mentes.
Maya: Torturando pessoas inocentes como Ben? É essa a resposta?
Michael: Ben deixou de ser inocente no momento em que ele tentou acabar conosco.
Maya: Talvez isso seja o que deveria acontecer.
Michael: Falou como uma verdadeira traidora.
Maya: Poupe-me, Sully. Você fez Ben marchar diretamente para esta vida…
Michael: Não! Eu tentei avisá-lo. Eu lhe dei todas as chances possíveis para voltar. Mas ele não quis ouvir.
Maya: “Planetas vitrificados tem registros ruins”? Muito claro, Sully.
Michael: Você pode ter um pouco de liberdade lá fora nas sombras, mas para aqueles de nós em nossas “torres de vidro” não é tão fácil. Ir contra nosso empregador é um pouco diferente quando se tem vigilância até nos dentes vinte e quatro horas por dia. Não podíamos simplesmente deixá-lo lavar nossa roupa suja. E aí o quê? Uma mudança positiva? Diálogo aberto? Não. O público não pode digerir a verdade nua e crua. Você já viu pessoas se matando por um lugar em um navio de evacuação?
Maya: Sim, na verdade eu já vi, de perto. E você?
Michael: Bem, eu não posso lhe dizer como limpar um espaçoporto depois de um tumulto, mas estou ciente de todos os tipos de dados que você não está. Talvez se você entendesse, poderia impedí-lo de transformar tudo em teorias conspiracionais. Se a história de Ben tivesse chegado aos ouvidos das Colônias, tudo teria entrado em colapso.

Mesmo que eu odiasse admitir, Sully estava certo. O pânico é um monstro real. O pânico tirou tantas vidas quanto os ataques do Covenant. Mas Ben tinha tropeçado no cemitério de sacrifícios secretos da ONI. E enquanto aterrorizar as massas com a verdade não era a resposta, se você é Ben Giraud, se você é um civil, que outras armas que você tem?

Michael: Mas vamos parar de falar sobre mim. Minha presença em Midnight é justificada. Quando eu chamar a Contra-Almirante, como é que eu vou explicar-lhe que você compartilhou informações sigilosas com um dos nossos prisioneiros mais importantes ainda vivo? Hunf… nada? Ok, então fique longe do meu prisioneiro. Isso é um aviso.
Maya: E você, fique longe de mim. Isso é uma ameaça.
Michael: Eu durmo à noite, Maya. E você? Está dormindo bem?
Agente: Comandante Sullivan.
Michael: Corporal.
Agente: Comandante Sankar, o Capitão Reibach espera por você.
Michael: Boa sorte, Maya. E não se preocupe, tudo vai ficar bem. Eu prometo.
Meu sangue estava fervendo. Eu não tinha ideia de como eu poderia lidar com esta reunião, mas não era para isso que eu estava indo lá.

Noah: Maya!

Noah Reibach foi uma das primeiras pessoas que conheci na ONI. Ele foi um dos meus instrutores na academia. Sempre cuidou de mim.

Maya: Acho que já tive o bastante por hoje, então se pudermos acabar logo com isso, eu tenho que ir embora daqui e restabelecer meu disfarce.
Noah: Você não está aqui por causa da missão Giraud.
Maya: O quê? Noah, então porquê diabos estou aqui?
Noah: Por favor, Maya, sente-se. Ontem, nós recebemos algumas transmissões perturbadoras. Imagens de várias colônias na região.

Eu sentei e assisti vídeos de destruição em massa em vários planetas, eventos sísmicos mandando edifícios e estruturas pelos ares. Arrasando cidades em questão de minutos.

Noah: Nós fizemos uma investigação o mais rápido possível, mas… é devastação total.
Maya: O que é?
Noah: Não sabemos.
Maya: Quem está atirando? E estão atirando no quê?
Noah: Não se sabe. É algo nesses eventos, eles lutam com tudo que há na área.

Seja o que for, a ONI não poderia escondê-lo por muito. A força era embasbacante de se testemunhar, e a destruição foi cataclísmica.

Maya: Por que estou aqui então?
Noah: Você está sendo transferida. Nós ainda precisamos de FERO, mas esta é a sua nova missão. Precisamos de você para ir em uma destas colônias e coletar informações. Esperamos que você possa nos ajudar a entender o que são essas coisas.

Perguntei-lhe por quê eles precisavam de mim para coletar esses dados. Eles tinham mais pessoal do que o suficiente pra isso.

Noah: Nós fizemos o possível para garantir os locais de tais ataques. Até agora, nós temos assegurado quatro, mas o quinto caiu sob o controle do NAC.
Maya: A Nova Aliança Colonial? Você acha que eles estão envolvidos?
Noah: Não se sabe. Mas seja o que isso tudo for, não pode correr o risco cair em suas mãos. Estamos tentando manter o controle sobre a informação, mas os boatos começaram a instalar o caos nas colônias. Aparentemente, a NAC está planejando sua jogada de mestre.

Eu confrontei as facções da NAC muitas vezes. E eu não estava muito animada para encontrá-los novamente.

Maya: Mas ainda assim, por quê eu? Por quê não enviar Spartans?
Noah: Não queremos mandar a cavalaria antes que você saiba o que está acontecendo lá. Precisamos de alguém pra fazer o serviço de campo. Alguém em quem os rebeldes vão confiar.

Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, Noah veio até mim e colocou um emblema da NAC na minha lapela.

Maya: O que é isso?
Noah: É um dos nossos melhores. Diga olá, Black Box.
Black Box: Olá, Black Box! Desculpe, não consegui segurar. Foi horrível.
Maya: Você está brincando comigo? Uma IA?
Noah: As ordens vêm de cima. Esta missão é de extrema importância. Nós não podemos arriscar.
Black Box: Maya, eu estou realmente animado para passarmos um tempo juntos. Eu ouvi um monte de… coisas sobre você.
Maya: Eu não concordo com isso.
Black-Box: Não concorda com o quê? Ser implantada em uma operação de alto risco que excede em muito suas habilidades? Ou fazer dupla com uma IA super-inteligente com experiência e perícia absolutamente vitais para o sucesso da missão?
Maya: Estou sendo analisada agora?
Noah: Você não tem escolha, Maya.
Maya: Espere… e Ari? Ele não estava na NAC?
Noah: Nós tentamos restabelecer contato. Ele foi dado como desaparecido logo depois que enviou informações sobre os ataques…
Maya: Aguarde… Você sabia que ia acontecer e você não fez nada?
Noah: Nós não sabíamos de nada, Maya. A informação veio de uma fonte não confiável. Nós estávamos trabalhando para verificar, quando…
Maya: De onde veio a informação?
Noah: Eu não posso dizer-lhe. Vamos apenas dizer que é alguém que já nos queimou antes.
Maya: É Ari…
Noah: Ari pode ter sido descoberto, Maya. Estamos completamente cegos em campo. Precisamos saber o que está acontecendo do outro lado.

Esta missão era mais importante do que eu ou os rebeldes. Enquanto eu estava meio que deixando meu atual mundo, uma obscura realidade me acertou. Em todas as minhas outras missões, eu sempre tive de lidar com as pessoas. Obviamente havia radicais perigosos, mas ainda assim, pessoas. Desta vez, era algo diferente. Algo enorme e poderoso. O que quer que tenha causado esses eventos, destruído as colônias… toda a humanidade estava correndo risco.

Maya: Ok. Estou dentro.

Tradução: Roberta Fernandes

 



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