E não é que o FPS que popularizou o gênero no Xbox está completando 21 anos de lançamento? Para comemorar essa data histórica, teremos aqui um review de Halo: Combat Evolved, que se consagrou como um dos jogos mais importantes de todos os tempos.
As opiniões contidas neste artigo representam a experiência do autor da matéria e não, necessariamente, as da Halo Project Brasil.
Mas antes, eu gostaria de compartilhar uma pequena história:
Antes de tudo, que fique claro que eu não possuí a primeira versão do Xbox, então eu conheci Halo pela versão de PC.
Um belo sábado — provavelmente no ano de 2007 — decidi ir à “Santa Efigênia”, uma rua em São Paulo, que é mundialmente conhecida por ser o paraíso da informática, eletrônicos, jogos e afins. Fui a procura de algumas peças para meu PC. Em um determinado ponto da rua, um jovem anunciava seus produtos:
“Jogo de PC, apenas os últimos lançamentos do momento”.
Parei na distinta banca do indivíduo e dei uma bisoiada, afim de ver se tinha algo de interessante lá. Enfim, um game me chamou a atenção: Halo: Combat Evolved. Notei aquele soldado futurista de armadura verde, umas naves, combate espacial… bom, levei par casa pra ver se prestava.
Instalei o game, ajustei as configurações e start… Começou com uma cutscene numa nave, algumas situações inusitadas e voilà, estamos controlando o nosso soldado futurista. Claro, apenas após um pequeno tutorial de movimentação e dinâmica do gameplay. Já achei muito legal ele ser bem mais alto que os humanos normais, pelo menos ali dentro da nave, e com o decorrer da fase, já fui me acostumando com as mecânicas de jogo e curtindo a aventura.
No primeiro momento, achei pouco agradável poder carregar apenas 02 armas, e eu explico o motivo…
Na época, eu jogava bastante o game UNREAL TOURNMENT. Ele, assim como DOOM, disponibilizava um verdadeiro arsenal para o seu personagem. Tenho que admitir aqui que quase desisti de jogar, mas o game estava fluindo muito bem e eu estava bem curioso sobre a história desse tal Master Chief e sua luta contra um tal de Covenant, então assim decido jogar essa fase e a próxima para ver se a mágica continuava… Bem só posso dizer aqui que só parei de jogar quando terminei o game.
Sim, joguei de ponta a ponta, só sai do PC quando não vi o rosto do John 117 na cena final. Tal fato só ocorreu comigo em 3 situações:
Assim virei mais um fã da série Halo e, mesmo após 21 anos esse game aqui continua como um dos principais FPS que já joguei na vida. Obviamente, eu o joguei novamente em suas versões renovadas/remasterizadas. E para terminar essa parte, foi o Halo que me ensinou a jogar FPS com controle, coisa que para muitos ainda é um tabu. Admito que para mim também foi, mas hoje é raro eu jogar mesmo no PC algum FPS que não seja com o controle do Xbox One.
Parte da premissa do game era de que a humanidade começa a colonizar outros planetas e explorar alguns certos segredos do universo. Isso, além de outras coisas, acabou interferindo nos interesses de uma raça alienígena chamada Covenant, que declarou guerra contra toda a nossa espécie. Conforme mencionado acima, estamos em uma nave que está sendo atacada pelo Coventant, e Chief é acordado de seu estado de criogenia para tentar resolver o problema. Porém, somos obrigados a abandonar a nave em um escape-pod e vamos parar em uma estação em forma de anel-satélite denominada Halo. A partir daí, entramos em uma aventura para tentar salvar todos os humanos remanescentes no anel, acabar com os Coventans e conhecer um novo inimigo implacável…
Num primeiro momento, Chief dá a impressão de ser um robô ou ciborgue, ainda mais quando durante o início do game nos juntamos uma IA denominada Cortana, que nos dá dicas e nos auxilia durante o game. Mas logo percebi que abaixo de toda aquela lataria temos um humano honrado e disposto a tudo para salvar a humanidade. Chief é um soldado denominado Spartan, que são humanos que passaram por um processo o de evolução fisica, metabólica afim de poderem ser hábeis a vestir estas armaduras gigantes, assim dando a raça humana uma chance na luta contra o Covenant.
Tomarei a liberdade de falar aqui do game original, não de suas versões melhoradas que foram lançadas posteriormente. Vou tentar repassar aqui a sensação de jogar Halo CE raiz. E como estava jogando no PC, já espere que naquela época era no bom e velho teclado e mouse, e posso dizer aqui que para a época o game estava bem satisfatório. Esqueça 60fps, 4k e afins, o game rodava a uma resolução de 1024 x 768 e variava entre 20 a 30 fps. Era o que tinha na época.
Lembre-se que comentei que só podemos carregar 02 armas, desde pistolas até lança foguetes, mas como cada arma possui suas limitações e/ou falta de munição, você sempre se vê na necessidade de pegar uma nova arma e readequar o combate para o uso da mesma. (lembra eu reclamando que só tinha duas armas… então isso torna a dinâmica dos combates muito mais interessante, tensa e divertida). Posso citar como exemplo o rifle de precisão humano, que pode matar a maioria dos inimigos com um tiro na cabeça apenas, porém geralmente não é acompanhada de muita munição, então aqui é torcer para dar headshot nos inimigos maiores, pois você vai ficar com ela por não muito tempo. Outro exemplo é a escopeta, perfeita para combates de curta distância, mas que você deve usar em locais mais fechados, pois em áreas mais abertas eles vão te matar antes de consegui chegar perto deles.
Também temos granadas humanas e Covenants. A diferença aqui é que a granada Covenant, a de plasma, gruda e causa explosões em cadeia.
Fiquei surpreso ao descobrir que podemos controlar veículos (terrestres e aéreos), o que torna o game mais dinâmico e divertido, principalmente quando temos alguns NPCs do nosso lado que também sobem nos veículos e mandam chumbo nos aliens.
Outra coisa que parece bobagem, mas que para a época era algo como “nossa, pensaram fora da caixinha”… a armadura tinha uma espécie de campo de força além da vida do Chief. Caso você tome dano que acabe com o campo de força, deve procurar abrigo/cobertura para que a mesma recarregue, pois sem o campo de força, você morre muito rápido, ou seja, mais uma coisa a se pensar/monitorar durante os combates.
O jogo não possui puzzles e, se você não prestar atenção no entorno à sua volta, é possível que fique andando em círculos em alguns momentos, o que pode ser frustante. Mas o desenrolar da história e os acertos dos desafios dos combates compensam isso, principalmente quando temos dois Hunters vindo babando pra cima de você e estamos quase sem munição.
Sobre os gráficos:
São os mesmos do XBOX e, apesar do port para PC, apenas um detalhe ou outro foi modificado.
Sobre o áudio:
Uma trilha sonora de qualidade. Mais uma vez o “fora da caixinha” canto gregoriano (corais cantando melodias medievais em uníssono). Em outros momentos temos trechos orquestrados que vão reforçando ou distanciando o player do momento em que se encontra, deixando-o pronto para o combate ou para a exploração. Armas e ambientação dentro do padrão para a época.
Olha, temos motivos de sobra para comemorar os 21 anos de Halo: Combate Evolved, pois se não fosse esse game e seu sucesso no primeiro XBOX, talvez eu não estivesse aqui redigindo este material para vocês. O que para muitos poderia ser apenas mais um FPS no PC, tornou-se uma religião nos consoles da Microsoft que, até hoje, com o atual Halo Infinite cativa, intriga e alegra milhares de fãs do Master Chief, Cortana e companhia.
Óbvio que, nos tempos atuais, como temos as novas versões remasterizadas, com gráficos melhores, áudio de primeira, 60 fps…. não vou recomendar aqui que procure o Halo 1 raiz, pegue a versão do MCC e mude a opção dos gráficos para o original. Você vai se divertir do mesmo jeito. Vamos deixar a experiência do passado, no passado, e não me entendam mal, eu me diverti muito jogando Halo CE naquela época, e assim como eu muitos Spartans aqui estão jogando, curtindo, lendo, se entretendo com as maravilhas do universo Halo.
Nos vemos no próximo combate, Spartan.
Obrigado por me acompanhar até aqui e um forte abraço!!!