OBS: Antes de começar, temos que entender alguns pontos que serão fundamentais para a compreensão da teoria. Entre eles: O que é uma geas, e um pouco sobre a saga dos Forerunners.
Uma Geas é um comando genético implantado no subconsciente de algum individuo de qualquer espécie. Esse comando pode atravessar gerações ou ser ativado assim que implantado. Em outras palavras: Uma Geas é nada mais do que implantar a personalidade de uma pessoa ou um comando no subconsciente de outro indivíduo. Com o tempo, a personalidade implantada saberá que está viva, porém na mente de outra pessoa. Ela pode vir a assumir o controle do corpo, até mesmo por vontade própria do hospedeiro. Já o comando implantado levará o indivíduo a realizar algumas ações de maneira compulsória, quase que automática, instintivamente, programada.
Durante guerra Humano-Flood, a humanidade estava em busca de novos planetas para habitar e acabaram entrando em um planeta no domínio Forerunner, Ao perceberem que os planetas já contiam traços do Flood, a unica opção que restou foi erradicar toda a vida por eles e tomar outros mundos a força. Os Forerunners logo tomaram o ato como uma barbaridade, uma ofensa ao Manto, e assim se iniciou a guerra Humano-Forerunner. Em meio a uma guerra dupla; de um lado o Flood e do outro os Forerunners, a humanidade sucumbiu, não antes sem deixar um grande prejuízo aos Forerunners.
Os Forerunners, com a guerra ganha, diminuíram a inteligência dos Humanos e os devolveram ao seu planeta natal com pouca diversidade entre as antigas e vastas formas de humanos; entre elas os Hamanushe e os Chamanush. Além disso, a Librarian se ofereceu para cuidar deles e ajuda-los a evoluir com o tempo. Embora tenham ganhando a guerra contra os Humanos, o Flood ainda era uma ameaça. Os Forerunners perceberam então que os Humanos não os estavam atacando, e sim fugindo. O conselho Forerunner precisava tomar uma atitude, e na época, os Forerunners não sabiam muito a respeito do Flood, já que os seres Humanos destruíram qualquer informação a seu respeito como forma de vingança. O conselho então decidiu implantar Geas com consciências de vários Humanos mortos na mente de novos Humanos, para tentar descobrir algo que fosse eficaz contra a praga. Após algum tempo, o Mestre Construtor Faber, o Forerunner mais importante da época, propôs a criação dos Halos e da Arca, que destruiriam toda a sustentação do Flood; já Didact recusou a proposta, pois ele acreditava que aquilo era uma afronta ao Manto da Responsabilidade; propôs a criação dos Shield Worlds, mundos-escudos defensivos ao invés dos Halos. O Mestre Construtor acabou ganhando essa disputa e exilou o Didact em um Cryptum no planeta natal dos Humanos: Erde-Tyrene.
Isso nos leva a Bornstelar, filho de um construtor que ajudou a projetar os Halos e a Arca. Bornstelar era um jovem Manipular e um pouco rebelde. Por conta disso, havia sido enviado por seu pai a uma família de mineradores, para aprender bons modos. Apos algum tempo, a ancila de sua armadura o convenceu a ir procurar artefatos Precursores no planeta de Erde-Tyrene. Chegando no planeta, ele encontra dois Humanos: um Hamanush chamado Chakas e um Chamanush chamado Elevação, que guiam o jovem Foreruner para a ilha Djamontik, onde estava escondida a Cryptum do Didact, e acabam despertando o Foreruner adormecido. Eles saem do planeta em uma nave deixada pela Librarian. No meio da viajem, Didact faz uma mutação em Bornstelar, assim tornando-o uma especie de clone, já que Bornstelar passa a ter a personalidade e começa a ter lembranças do Didact, passando a ser conhecido como Iso-Didact. O Didact original passou a ser Ur-Didact. Com as novas memorias do Didact, Bornstelar descobre a existência dos Halos, e também fica sabendo do desaparecimento de um Halo. Além disso, ele descobre que o Halo que sumiu é o mesmo que foi testado em Charum Hakur, pelo Mestre Construtor Faber. Sua família o convence a testemunhar contra o Mestre Construtor na capital; ele aceita e parte para o julgamento na capital Foreruner. No meio julgamento, todas as armaduras ficam travadas e todos os monitores e sentinelas são desativados pela IA Mendicant Bias, que havia reunido todos os Halos, inclusive os que estava desaparecido, para acabar com a Capital. Bonstelar e outros Foreruners conseguem se libertar e uma batalha intensa se desenrolou. No final, um dos Halos foi destruído e apenas outro foi disparado, causando sérios danos a capital. Já os outros sete Halos foram levados até a Arca, através de um portal. O processo foi difícil, e no final apenas um Halo conseguiu completar o processo de transporte. Bornstelar também entrou no portal e se encontrou com a Librarian, agora sua esposa já que o processo de mutação feito por Didact havia transformado-o até em aparência. Já Chakas e Elevação ficam aprisionados em um dos Halos que haviam sido perdidos. Medicant Bias reúne todos os Humanos desse Halo e retira suas Geas, colocando-as em monitores. Em Chakas, havia a consciência do Lorde dos Almirantes Forthencho, e em Elevação estava Yprin Yprikushma, a mulher que havia descoberto o Primordial.
Apos algum tempo, Ur-Didact toma uma decisão terrível quanto aos Humanos e acaba sendo aprisionado em uma Cryptum pela Librarian no planeta de Requiem, enquanto o Iso-Didact parte para a Arca menor para disparar os Halos. Antes de ativá-los, ele pergunta ao Monitor 343: ”se você pudesse escolher, ativaria os anéis? ” sua resposta foi que não havia opção, e que os Halos tinham que ser ativados. 343 nada mais é do que um monitor contendo a consciência de Chakas: devido a sérios danos físicos, a unica maneira de salvá-lo era colocando sua consciência em um monitor. Por fim, Iso-Didact acredita ainda que Librarian implantou mais alguma coisa na Humanidade.
As Geas começam a fazer sentido quando observamos o comportamento de 343 que sempre quer disparar os Halos, isso por que o seu sub-consciente o condiciona a isso. Mas em quem a Librarian implantou mais alguma coisa ? Essa pergunta nos leva a Halo 4.
Quando a Librarian conversa com o Master Chief e o chama de Reclaimer, ela cita que escondeu a Geas do Didact em vários Humanos, e que isso levaria a criação do projeto Spartan ll e até mesmo a Criação da Cortana. Ela revela que o Master Chief e toda a humanidade são frutos de anos de planejamento para algo maior. A partir desse diálogo, pode-se concluir que o Master Chief tem uma Geas, mas o que foi implantado nele exatamente?
Isso nos leva um pouco para o passado, mais precisamente para Halo: Combat Evolved, no diálogo entre o 343 e o Master Chief: na missão Duas Traições, Master Chief estava prestes a ativar o Halo Instalação 04, sendo guiado pelo 343, até que a Cortana aparece e revela o que o Halo realmente faz. Surpreso pela noticia, Master Chief pergunta a 343 se aquilo era verdade. 343 da uma breve explicação do funcionamento do Halo e o que ele realmente faz. 343 ainda pergunta ao Master Chief por que ele hesitaria em ativar o Halo, sendo que ele já havia feito isso antes. Em seguida, 343 cita a mesma pergunta feita por Bornstelar antes de ativar os Halos, ele ainda responde que pensou muito sobre a pergunta mas a resposta ainda era a mesma: os Halos tinham de ser ativados.
Só há uma razão para o 343 conversar com Chief como se ele fosse o Bornstelar: a Librarian pode ter implantado uma Geas contendo partes da consciência de Bornstelar no Master Chief. Claro que não diretamente, pois o comando genético foi implantado a muito tempo, e o Chief provavelmente herdou o mesmo. Isso também bate e da sentido ao que o Arbiter diz ao Locke, se referindo ao Master Chief no trailer de Halo 5: Guardians, que foi mostrado em 2014: “As sementes do nosso futuro foram semeadas em seu passado”. Mas como o Arbiter pode saber alguma coisa sobre isso? Como era apenas um trailer, a 343 pode ter colocado essa mensagem para indicar algo.
Ou seja, o futuro da Humanidade foi planejado e carregado para futuras gerações em pessoas como Master Chief. No próximo game da saga, o Master Chief pode finalmente descobrir o seu legado, sua Geas e por que de todo o planejamento da Bibliotecária. Além disso, a Geas de Master Chief pode ser fundamental na guerra contra a Cortana.
Matéria feita por Pedro Henrique Lima Coelho