Com Halo Infinite, a 343 Industries prometeu ao mundo um reboot espiritual que remete a um jogo grandioso, com uma campanha cheia de mistérios e exploração, aliada a um multiplayer free-to-play com um extenso suporte ao longo dos anos. Após anos de espera, o game foi finalmente lançado. Será que a 343 conseguiu entregar o que foi prometido e criar um caminho para o futuro da franquia?
Halo Infinite vem sendo tratado pela 343 como um jogo dividido em duas partes principais, que até mesmo podem ser baixadas separadamente: a campanha e a experiência free-to-play, o multiplayer. Por esta razão, iremos dividir esta análise nestas duas partes.
Mesmo ainda sendo uma sequência direta de Halo 5, Halo Infinite é um reboot espiritual dos jogos originais da franquia. Este resgate às bases da franquia vem, em maior parte, de Halo: Combat Evolved, que se destaca até hoje pelos seus cenários abertos e por sua história recheada de mistérios que se passa um anel Halo e é protagonizada pelo Master Chief e sua IA, Cortana. Além disso, Halo: CE é sobre esperança mesmo quando tudo parece perdido, sobre o maior herói da humanidade desafiando as possibilidades para virar o jogo mesmo com os humanos em desvantagem diante de seus inimigos, o Covenant.
Halo Infinite tenta resgatar justamente isso:
As primeiras horas da campanha de Halo Infinite se concentram em duas missões lineares que introduzem o contexto da ameaça dos Banidos, os antagonistas que foram introduzidos em Halo Wars 2, no RTS da Creative Assembly de 2017, onde já haviam demonstrado um grande potencial. Após nos aventurarmos por fases frenéticas que apresentam as novas mecânicas de gameplay, como o gancho, finalmente temos a oportunidade de vivenciar o mundo do game.
O semi-mundo aberto de Infinite consegue acrescentar bastante à experiência de todos os tipos de jogadores. Explorando o Zeta Halo, podemos encontrar:
Tudo isso é dividido entre algumas ilhas — que surgiram com a destruição parcial do anel, que acabou por formar diversos abismos na região. Apesar da inteligente divisão do mapa entre algumas sessões, Halo Infinite ainda dá liberdade ao jogador de explorar o cenário livremente, demonstrando a questão do reboot espiritual. Muitas vezes, nos sentimos na segunda fase de Halo: Combat Evolved, mas em uma escala muito maior.
Montanhas, bosques, planaltos, pântanos, cachoeiras, estruturas Forerunners, cavernas secretas, áreas devastadas pela destruição do anel, áreas pastosas, campos de flores, lagos, acampamentos abandonados, naves caídas e muitas outras áreas fazem parte do vasto mundo de Halo Infinite, que mesmo não tendo uma variedade de biomas, ainda tem uma grande variedade de regiões para serem exploradas.
Aliadas aos caprichados cenários do jogo, temos a emocionante trilha sonora — que sempre foi uma característica forte da saga — e em Infinite esse legado foi respeitado, pois aqui temos uma trilha sonora que se baseia bastante nos games clássicos e também é usada em momentos pontuais, como ao escalar o topo de montanhas, ao encontrar itens especiais e quando existem mudanças no tempo do Zeta Halo — o ciclo de dia e noite. Tudo isso elevar a imersão de Halo Infinite a altíssimos níveis.
Os colecionáveis do jogo são muito bem integrados, e não apenas com a história, mas também com o contexto do mundo. Os audio logs podem ser encontrados, por exemplo, em cavernas que foram usados como acampamentos humanos. Também temos os áudios forerunners, que são coletados por meio dos misteriosos artefatos em formato de anel que encontramos durante a exploração. Como dito antes, a 343 não simplesmente espalhou os colecionáveis de forma descuidada e sem capricho. Na verdade, eles fazem parte da vida do Zeta Halo.
Mais do que em qualquer outro Halo, os audio logs de Halo Infinite adicionam bastante à história principal do jogo, uma vez que eles respondem dúvidas diretas de como a humanidade foi derrotada pelos Banidos e o que os antagonistas fizeram durante o período de desaparecimento do Master Chief. Tudo isso motiva os jogadores a continuarem a coletá-los, sem a sensação de obrigação, mas sim de forma natural e intuitiva. Afinal, todos querem respostas para as dúvidas que foram criadas antes mesmo do jogo ser lançado.
Além dos arquivos de áudio, Halo Infinite também disponibiliza outros colecionáveis e objetivos, como caixas com itens cosméticos para seu Spartan no modo multiplayer, caixas de Núcleo Spartan — que servem como pontos de upgrade — torres de propaganda dos Banidos para destruir e os nossos já conhecidos crânios. Tudo de forma bem integrada a história e ao mundo do jogo.
Em questão de tamanho, o mundo de Halo Infinite certamente não explora todo o potencial de escala de um anel Halo, mas ainda se destaca por ser um mapa denso, com patrulhas inimigas, montanhas e objetivos secundários.
Apesar de todos esses objetivos aumentarem a imersão e o tempo de jogo, é notável que eles logo caem em repetição. Obviamente, qualquer fã de Halo se sente maravilhado pelas imensas possibilidades do mundo de Infinite, mas já nas primeiras horas da campanha, não existem muitas novidades relacionadas às missões para serem descobertas. Liberar bases, salvar soldados, destruir geradores e segue-se assim durante todo o mapa. Sim, existem alguns momentos que não são exatamente assim, mas são pouquíssimos.
Não existem objetivos únicos no mundo de Halo Infinite, apenas a reutilização de alguns templates espalhados pelo mapa — algo que indica que faltou um capricho maior na implementação deles.
Mesmo os chefões encontrados durante a exploração, que apresentam cada um background de lore diferente, ainda é possível notar que poderiam apresentar um acabamento melhor na maneira que são posicionados no mundo de Halo Infinite — como áreas especiais e afins. Uma vez que os bosses são apenas colocados em certas áreas abertas do mapa, a experiência de derrotá-los acaba sendo geralmente fácil, rápida e longe de memorável, principalmente ao aproveitar as oportunidades que o mundo semi-aberto oferece, como atirar à distância ou usar armas ou veículos poderosos requisitados nos FOBs. Apesar, claro, disso fazer parte da liberdade que jogo dá ao jogador.
Na realidade, a dificuldade de Halo Infinite no heróico acaba sendo relativamente bem menos desafiante em relação aos jogos anteriores da franquia — mesmo em comparação com Halo 5 e 4, dois dos mais fáceis jogos da saga.
Halo Infinite também esbarra em outro problema que pode aumentar a sensação de repetição: a falta de variedade de biomas. Apesar de apresentar alguns sub-biomas, como uma breve área pantanosa, o jogo possui apenas um único bioma, que é o inspirado no Noroeste Pacíficio (Estados Unidos). Em outras palavras, existe uma reincidência excessiva de ecossistemas no mundo, que podem se resumir a pinheiros, alguns tipos de vegetação e regiões montanhosas.
Não devemos nos esquecer que estamos no Zeta Halo, a mais importante e misteriosa instalação Halo de todas. As secundárias do game fazem um bom trabalho em adicionar mais momentos de gameplay ao jogo, mas em nada explora o potencial da história da Instalação 07, uma vez que os objetivos do mapa são baseados apenas nos formatos mencionados anteriormente (atacar bases, resgatar aliados, etc) e não na lore. Foi desperdiçada aqui uma chance de enriquecer a lore de Halo, pois, já que estamos em uma instalação, que, de acordo com o Chief é diferente das outras… por que não explorar isso de forma mais profunda?
Entre tantas mudanças em relação ao antecessor, Halo Infinite traz de volta os equipamentos, que haviam sido utilizados pela última vez em Halo 4. Pela primeira vez na franquia, eles agora são de uso infinito e podem ser selecionados pelo inventário do jogador, que também pode usar núcleos achados durante a exploração para realizar upgrades. Você também pode carregar todos eles ao mesmo tempo, ao menos na campanha.
Os equipamentos de Halo Infinite são:
Você pode alternar livremente entre equipamentos no meio do tiroteio com o apertar de alguns simples botões. Dentre todos eles, o que se destaca é o gancho. O gancho muda completamente o modo de combate, e o seu uso é bastante intuitivo e sua curva de aprendizado é baixa. A verticalidade do gameplay é tão orgânica que em menos de 5 minutos o gancho já não é mais uma novidade, e sim um item indispensável na luta contra nossos inimigos.
O rapel também proporciona novas oportunidades de exploração que os jogadores nunca antes tiveram em Halo. Agora, é possível acessar áreas que naturalmente são de difícil acesso, como montanhas e planaltos. Tal equipamento se mostra essencial para a exploração do mundo de Halo Infinite, seja na primeira campanha do game ou em futuras DLCs.
No geral a gameplay de Halo Infinite torna os combates muito fluídos, como sempre foram, mas agora com oportunidades maiores de uso de armas ao nosso redor e de recursos do próprio ambiente.
Sendo um reboot espiritual de Halo: Combat Evolved, Halo Infinite também se assemelha bastante ao jogo original em sua narrativa. Assim como o Master Chief e Cortana exploram juntos um vasto anel desconhecido cheio de mistérios no game de 2001, o Spartan John-117 também é acompanhado pela The Weapon, sua nova IA, durante a exploração do mais misterioso anel de todos em Halo Infinite.
A todo momento, o jogador se sente em um local que guarda segredos e aventuras maiores do que o que é conhecido até então. De forma similar ao Covenant, que sabia muito mais sobre a Instalação 04 que a Humanidade em CE, também existe a sensação de estar sempre para trás em relação aos Banidos em Infinite que, além de terem derrotado a Humanidade na batalha que precedeu o jogo, também sabem bastante sobre os mistérios do Zeta Halo e continuam a explorá-lo.
E se engana quem acha que, por se inspirar em Combat Evolved, Halo Infinite tem uma história simples e linear. Apesar de não ser marcado por grandes plot twists, o game passa longe de ser previsível e sucede em manter o jogador na ponta da cadeira com não só a ameaça dos Banidos e os mistérios do Zeta Halo, mas também com a Harbinger, antagonista inédita da franquia. Com múltiplos lados da guerra, cada um com suas obscuras motivações, a trama de Halo Infinite tem seu nível de profundidade aprimorado.
Em resumo, ao embarcar no Zeta Halo, você será recebido por uma trama repleta de mistérios do início ao fim, que é protagonizada por Master Chief, The Weapon e o Piloto, além dos múltiplos vilões cuja motivação vão muito além de apenas derrotar a humanidade. Na realidade, cada um deles têm sua própria motivação para estarem na Instalação 07, que se mostrou a localização perfeita para abrigar todo o suspense e senso de exploração do game.
Tudo isso é contado por meio de uma narrativa incrivelmente imersiva — muito em razão das cutscenes em plano sequência do game — e emocionante, marcada pela complicada e única relação entre o Master Chief e The Weapon, lembrando muitas vezes a comovente trama de Halo 4. A nova IA do Chief se mostra não um tapa-buraco para Cortana, que se tornou vilã em Halo 5, mas sim uma personagem com suas próprias características cativantes aos olhos do jogador. Como dissemos anteriormente, a relação entre os dois tem sua própria singularidade.
Halo Infinite traz uma das narrativas mais fortes da saga, muito em razão da construção do melhor Master Chief da franquia, que faz um equilíbrio entre um Spartan mais parrudão e um Chief afetado pelas guerras e pelas percas que sofreu. Em outras palavras, a 343 conseguiu um equilíbrio primoroso entre o Master Chief da trilogia original e o John de Halo 4.
Halo Infinite consegue ser, ao mesmo tempo, épico, misterioso e emocionante, algo que é surpreendente considerando que o jogo ainda consegue se manter fiel à Halo: Combat Evolved. Com o novo capítulo da saga, a 343 prova — a si mesma e ao público — que é capaz de construir histórias de alta qualidade, afastando de vez o fantasma da campanha de Halo 5.
Como mencionado anteriormente, Halo Infinite é dividido em duas partes principais, sendo a segunda delas o multiplayer free-to-play. Pela primeira vez em 20 anos de história, Halo é lançado com um multijogador gratuito, que tem um planejamento para durar uma década inteira de constantes atualizações.
O mutiplayer de Halo Infinite pode ser dividido em três partes principais:
A Academia é uma das grandes novidades do jogo e executa com êxito seu objetivo de fazer com que novatos da franquia se sintam mais confortáveis em Halo Infinite. O tutorial, por exemplo, permite que os jogadores se adequem às novas mecânicas do jogo enquanto aproveitam uma curta experiência de história do universo de Halo com uma cutscene inicial e com a Spartan Agryna. A cada nova temporada, uma nova cinemática multiplayer será adicionada ao jogo.
Já o Weapons Drills pode ser de grande uso não só para novatos, mas na realidade para todos os tipos de jogadores de Halo Infinite, uma vez que ele permite testar todas as armas do jogo em diferentes níveis de desafios. Uma excelente forma de aquecer sua mira antes de uma sessão de jogatina.
Quanto ao Big Team, o modo é mais uma demonstração de como a 343 pretende manter aspectos clássicos da franquia ativos, mas ainda adicionando novidades. O modo, que está presente na franquia desde o primeiro game, recebeu suas maiores mudanças até então em Halo Infinite. Mesmo mantendo o tradicional formato de dois times em um mapa de grande tamanho, o novo BTB consegue aumentar de escala ao também aumentar o número de jogadores e ao adicionar drops aéreos de armas e veículos, permitindo que o modo se torne uma forma dos jogadores de ter acesso à todo o arsenal do jogo — em Halo 5, isso acontecia com o Warzone. Entretanto, nem tudo são flores. Os drops de veículos, apesar de serem uma adição bem-vinda, sofrem com problemas de balanceamento, fazendo com que muitos jogadores reclamem da raridade de dirigir um Scorpion, por exemplo.
O matchmaking também sofre com diversos problemas. O próprio Big Team Battle vem tendo dificuldades para achar carregar partidas nas últimas semanas. Além disso, os jogadores não possuem a opção de selecionar servidores — indo na direção contrária de Halo: TMCC — ou de escolher como irão priorizar a busca de partidas — por qualidade de conexão ou por velocidade, assim como em Halo 5. Não a toa, muitos players se queixam constantemente de problemas com lag em Halo Infinite, algo que poderia ser mitigado com a adição das opções que os dois jogos anteriores têm.
Os modos multiplayer, por outro lado, sofrem com a falta de conteúdo e com outros problemas pontuais que a 343 falhou em consertar antes do lançamento de Halo Infinite.
Durante o lançamento de Halo 5: Guardians, boa parte das críticas se concentravam na falta de conteúdo do game, que continha poucos mapas e modos de jogo, além da ausência do modo Forge. 6 anos depois, com Halo Infinite, a 343 Industries comete os mesmos erros novamente e lança um novo Halo que tem um baixo número de conteúdo.
O jogo foi lançado com apenas 4 playlists — Arena, Arena contra bots, Arena Ranqueada e Big Team Battle —, um número baixíssimo para o padrão de Halo e o da maioria dos FPS multiplayer. Além da falta de quantidade, também há a falta de variedade. Não há modos for fun como Infection e Griffball, que dão a oportunidade de jogar “apenas por diversão” e sem grandes preocupações com o desempenho pessoal na partida.
Os eventos, que deveriam ser uma das principais formas de manter a população de Halo Infinite engajada, decepcionam não nas recompensas, mas principalmente na forma que são executados. O fracture “Tenrai”, por exemplo, nada mais foi que um passe de batalha com itens que poderiam ser desbloqueados ao completar desafios do Fiesta, um modo que está em Halo há anos e deveria ser um modo padrão, não um modo temporário de um evento. O Winter Contigency, evento de fim de ano do game, também apresentou diversas armaduras e coatings desejados pelos jogadores, mas assim como o Tenrai, foi executado de forma pobre e sem grande criatividade.
O Forge, que já se tornou um dos importantes componentes de Halo, deve chegar apenas em meados de 2022 junto à Season 3 do jogo. A segunda temporada também foi adiada e está marcada para ser lançada em Maio, o que significa que Halo Infinite continuará a sofrer com a falta de conteúdo por longos meses. Em um ambiente extremamente competitivo de jogos multiplayer FTP, a demora da 343 em lançar real grandes atualizações ao jogo pode significar bastante para o futuro de Halo Infinite.
Seguindo a linha da Master Chief Collection, Halo Infinite apresenta um sistema de passe de batalha como parte do sistema de progressão da experiência free-to-play do jogo. Isso significa que, diferente dos Halos anteriores, Infinite não tem uma progressão de níveis ou de ranks militares. Toda a progressão se concentra em avançar pelos tiers do Season Pass, cuja versão premium é paga — a versão gratuita pouquíssimo oferece em conteúdo, então se você não planeja gastar com microtransações, se prepare para ter apenas opções básicas para personalizar o seu Spartan no multiplayer.
Um dos pontos baixos de Halo Infinite está justamente na progressão do passe. Mesmo com as mudanças implementadas pela 343 para diminuir o problema, ainda é necessário jogar um grande número de partidas para ganhar XP suficiente para avançar de tier. Para completar todos os 100 níveis do passe, você terá de jogar por uma grande quantidade de horas. Ter um desempenho melhor durante as partidas não vai ajudar, uma vez que as únicas formas de ganhar XP no jogo além da forma tradicional — jogando partidas — é completando desafios, que muitas vezes também são exageradamente específicos e complicados, um problema que a 343 já reconheceu ao lançar algumas atualizações — que como a própria desenvolvedora diz, não são suficientes para consertar o sistema de progressão de Halo Infinite.
Assim como na campanha, a gameplay é um dos pontos altos do multiplayer de Halo Infinite. De forma fluída e intuitiva, ela se destaca em todos os modos do game.
Ao manter algumas mecânicas de Halo 5 na mesma medida em que re-adiciona outras da trilôgia clássica, como os equipamentos, Halo Infinite se mostra como um equilíbrio entre o clássico e moderno, de forma que refresca a franquia com novidades de forma não desenfreada em relação às raízes de Halo.
Os equipamentos estão de volta, mas desta vez, a 343 corrige os erros de Halo 4 e os tornou novamente coletáveis nos mapas, assim valorizando o domínio e conquista do cenário, aspecto que está presente na franquia desde o início. Isso significa que não existem loadouts pré-definidos ou formas de iniciar as partidas já com o Gancho ou o Escudo equipados. Você deve trabalhar em equipe para conquistar o mapa e coletar os equipamentos em certas áreas do cenário.
Outros componentes da movimentação de Halo Infinite incluem: corrida — que agora está consideravelmente mais lenta em relação a Halo 5 — e o deslizar que, se usado da maneira correta, pode alcançar distâncias muito maiores do que podia em Halo 5, assim tornando o sprint ainda mais útil — é necessário estar correndo para deslizar.
Halo Infinite presenteia os fãs da saga com uma campanha épica, misteriosa e emocionante que, apesar de erros na execução do mundo semi-aberto, consegue ser a melhor aventura já feita pela 343. Isso somado a um multiplayer com uma excelente gameplay e uma boa base para o futuro, mas que falha em ser robusto em conteúdo e em ter sistemas de progressão e customização justos e cativantes.
No geral, o grande triunfo de Halo Infinite é a construção de uma base sólida para o futuro do próprio jogo e da franquia no geral, algo que Halo 5 e 4 falharam ao apresentarem novos formatos de campanha e/ou multiplayer que não agradaram todos os fãs. Com Infinite, temos uma ideia de como as próximas campanhas serão lançadas: aproveitando e evoluindo o sistema de semi-mundo aberto e os upgrades de equipamentos. O multiplayer, por outro lado, já provou diversas vezes que tem um grande potencial, mas necessita de mais conteúdo e de sistemas consistentes, justos e que incentivem os jogadores a continuarem ativos.
Matéria feita por: Anderson Amorim, Jean Carlos e Willian Santos