Assim como na semana passada, esta semana foi liberado apenas uma imagem e um áudio. O capítulo desta semana se chama “Jackals” e a Imagem “Bad Taste” (Mau gosto em português).
“Bad Taste”
O “ensopado de” Kig-Yar foi um longo percurso para explicar o estado e odor da nave. O que permanecia sem explicação era como eles haviam adquirido tal abundância de globos oculares.
Segue a baixo a Áudio e a tradução: ( Tradução em Breve)
“Kig-Yar piratas aprisionam a tripulação, uma antiga frase torna-se um aviso e Maya coloca tudo na linha.”
Eu me lembro de quando era uma garotinha, eu perguntei ao meu pai qual era o pior cheiro de toda a galáxia. Ele falou sobre uma colônia pecuária que havia visitado quando jovem. Um desses lugares que produzem o tipo de carne que vendem para pessoas obcecadas por saúde como “não-sintética, criada ao ar livre”
A realidade era revoltante. Gados confinados, lado a lado até onde se podia enxergar. Eles estavam tão apertados que os robôs alimentadores montados em rodinhas literalmente rolavam em suas costas. O ar estava cheio de moscas, doenças, e o fedor de vacas que haviam adoecido e morrido onde estavam, sua carne apodrecendo sob o sol vermelho. Ele havia descrito de forma tão vívida que eu sinto como se tivesse estado lá. E enquanto eu crescia, eu era muito orgulhosa de que meu pai tivesse sentido o pior cheiro da galáxia.
Mas, obviamente, não sentiu. Porque ele não tinha cheirado o interior de um navio pirata Kig-Yar.
Bostwick: Argh! Me solte!
Mshak: Por favor, não irrite o monstro-pássaro!
Eles nos arrastado para a barriga do seu navio. As paredes e o chão estavam cobertas por anos de fuligem, guano, e sangue roxo. A mistura era tão espessa que o lugar havia adquirido uma textura tal qual a de uma caverna.
(Os Kig-Yar silvam.)
Maya: BB, o que eles dizem?
Black Box: Eles estão nos levando para uma câmara pressurizada logo à frente.
Mshak: Nós vamos morrer?
Black Box: Essa é a previsão mais provável.
(O Kig-Yar solta um grunhido.)
Black Box: É uma linguagem bonita, não é?
O guarda se virou por um segundo, e Bostwick saltou sobre ele.
Bostwick: Aaaaaagggghh!
(Um dos Kig-Yar grita de dor.)
Bostwick foi rápida, mas os Kig-Yar eram mais. Ele abaixou sua cabeça bruscamente, arremessando Bostwick para o outro lado da sala.
Bostwick: Ugh! Oooof!
Bostwick parecia atordoada, mas feliz quando ela levantou com um punhado de penas de kig-yar na mão. A criatura se abaixou, bem à frente do rosto de Bostwick. Ele a olhou fixamente nos olhos. Ela não parecia mais tão durona. Ela tremia, paralisada pelo medo. Todos nós estávamos. Eu estava tentando pensar, mas minha mente parecia geleia, eu não conseguia organizar meus pensamentos…
Black Box: Ele diz que agora optou por enviar vocês à câmara em pedaços. E agora ele está xingando. E… Oh, bem, eu não vou traduzir isso.
As pessoas dizem que nós vemos nossa vida passar diante de nossos olhos antes de morrer. Não é assim que acontece. Não é diante dos seus olhos, nós não a vemos. É… uma lembrança maciça. Uma explosão em toda a sua mente, cada sinapse disparando simultaneamente. Eu me lembrei de meu primeiro gatinho, o meu último cigarro, a pele da orelha de minha avó, um telefonema que dei há três anos, os jantares da semana passada. Milhares de momentos, marcantes ou não, inundando minha mente em um instante. As memórias de FERO, as memórias de Maya, todos elas começaram a se misturar. Minhas memórias como FERO eram violentas e apaixonadas. Como Maya, minha vida era tranquila, discreta, acadêmica. Quando eu estava crescendo, eu queria ser professora. Eu tinha estudado xenopsicologia porque eu queria saber como outras mentes funcionavam. Na época, eu sinceramente não tinha pensado em como os militares precisariam de pessoas que pudessem analisar o comportamento alienígena. Mas eles me pegaram, e durante a Guerra do Covenant, eu trabalhava para a ONI, traçando o perfil psicológico do inimigo. Eu devo ter escrito centenas de relatórios sobre dívidas de honra Sangheili e Kig-Yar…
E, de repente, tudo ficou claro.
Maya: BB, traduza exatamente: “Conheci muitas espécies, mas mesmo para Jackals, vocês são idiotas incompetentes.”
Black Box: Você está tentando piorar as coisas?
Maya: Confie em mim. Fale.
Veja, os Kig-Yar são saqueadores. Gananciosos. Oportunistas.
Maya: Diga a eles que são imbecis, filhotes ignorantes que quer se livrar de tão valiosos prisioneiros.
Mas os Kig-Yar também são covardes.
(Os Kig-Yar gritam com raiva.)
Black Box: Uau. Não diga que o resultado era alguma coisa além de previsível.
O líder se afastou de Bostwick e correu em minha direção. Mandíbula aberta, ameaçando. Ele parou a poucos centímetros da minha garganta. Sua respiração era quente e úmido e cheirava a morte. Eu não movi um músculo sequer.
Era um ritual de dominação. Uma competição social pra mostrar quem é o maior. Os Kig-Yar nunca vão começar uma briga que eles não sabem se vão vencer. Ele podia me atacar fisicamente, mas naquele momento, ele se perguntava… o que eu sabia que ele não?
Maya: O que você acha que sua capitã vai dizer quando ela souber que você deixou prisioneiros de valor morrerem no espaço?
(Black Box traduziu.)
Ele ficou ali parado, seus olhos leitosos amarelos se mexendo, ainda na minha direção. Furioso, mas agora claramente assustado.
(Um dos assobios Kig-Yar e indica que os seres humanos serão movidas)
Mshak: O que diabos ele disse?
Black Box: Eles vão nos levar até a capitã.
O navio havia sido claramente imponente… algum dia. Uma das mais sofisticadas naves de guerra Covenant. Mas os anos que se passaram desde a queda dos profetas não foram gentis com ela. Seu casco foi remendado com pedaços de outras embarcações, abandonados ou capturados em combate. Eu não tinha ideia do que esperar, mas por agora, estávamos vivos. E nós estávamos ainda no mesmo lugar no espaço. Ou pelo menos era o que parecia. Eu não havia sentido aquele familiar solavanco nauseante de quando entramos no subespaço.
Maya: BB, há qualquer coisa útil que você possa me dizer?
Black Box: Meus registros indicam que esta embarcação é chamada A Dedicação.
Chur’r-Zal: Não! Errado!
De repente, estávamos cara a cara com a capitã do navio.
Chur’r-Zal: Dedicação. Nome do navio. Meu navio! Meu nome!
Black Box: Tradução a grosso modo? O comandante gostaria de dar-lhes as boas vindas à Perdição Desenfreada.
Chur’r-Zal foi o maior Kig-Yar eu já tinha visto. A pele se assemelhava a couro velho e não vestia nada até a cintura. Obviamente, a vida de pirata tinha sido boa para ela. Ela estava roendo um membro carbonizado de alguma criatura não identificada.
Chur’r-Zal: Fale! Você disse valor. Qual o valor? Eu tomo. Seu. Agora meu.
Maya: Eu não acho que você deva usar esse tom comigo.
Chur’r-Zal: Meu navio! Você sem poder! Você nada!
Black Box: Ela diz que, se você quiser viver, tem de provar o seu valor fornecendo sessenta mil créditos.
Maya: Você quer créditos? Nós podemos te dar créditos. Só nos deixe ir até nosso navio e nós podemos…
(Chur’r-Zal rugiu.)
Chur’r-Zal: Nada de espera! Créditos aqui! Uma hora. Eu pego sua cabeça! Próxima hora! Próxima cabeça! Se valor, vive. Se não…
(Chur’r-Zal deu um silvo ameaçador.)
Nós tínhamos uma hora pra viver, e a passaríamos numa cela de uma nave Covenant. Como tudo no navio, ela estava caindo aos pedaços. A única fonte de luz era um fantasmagórico brilho roxo do escudo de energia que nos prendia. Bostwick não havia dito uma palavra desde a câmara. Ela estava na mesma condição que eu. Quebrada. Assustada.
Mshak: Gente, eu não acho que estamos sozinhos aqui.
(Uva ‘Surom acorda.)
Mshak: Aaaaaaaaaaaah! Guarda! Guarda!
Quinze celas diferentes na nave, e os Kig-Yar nos tinham colocado na mesma que um Sangheili.
O Sangheili se virou nervosamente, tentou ficar de pé, mas algo estava errado. Eu olhei mais de perto e vi que ele estava ferido. Sua perna foi mutilada, esmagada e presa por um tendão. E havia uma poça de um pegajoso sangue roxo escuro perto dele. Ele não estava tentando nos machucar. Ele estava morrendo.
Maya: Calma! Calma. Nós não queremos lutar.
Black Box: Foram os Kig-Yar que fizeram isso com você?
Uva ‘Surom: Os Kig-Yar são fracos e estúpidos. Eles não poderiam me derrotar. Isso foi Liv Wruqah…
Maya: BB?
Black Box: Eu não tenho nenhuma tradução. Parece que este é um termo antigo cujo uso não é comum.
Uva ‘Surom: Ele se levantou do chão. Devastação. Morte.
Maya: Espere, você viu…
Mshak: Uma anomalia! O que foi? O que você viu?
(Uva ‘Surom fala Sangheili.)
Black Box: Ele disse que estava em uma das colônias para uma missão diplomática. Ele viu o evento e ficou gravemente ferido, mas ele não consegue descrevê-lo. Ele continua usando o termo antigo. E agora ele divaga sobre… um demônio.
Maya: Um demônio?
Mshak: Ele deve estar falando sobre o Master Chief!
Uva ‘Surom: Vocês trouxeram isso para nós, seres humanos. Vocês deixaram um demônio profanar o local sagrado… estas são as consequências.
Maya: Como assim profanar? O que você viu?
Uva ‘Surom: Seu demônio… ele não pode te salvar. O está vindo… há mais. Muitos outros. Isso é… só… o começo.
Maya: O começo de quê? Hey! O começo de quê?
O Sangheili ficou imóvel, sua mandíbula quádrupla relaxou e seus olhos escureceram e ficaram vagos. Ele se foi.
Mshak: O que fazemos agora?
Eu encarei Mshak. Não havia nada que pudéssemos fazer. Talvez houvesse outras anomalias. Talvez o Master Chief estivesse envolvido de alguma forma. Mas nós estávamos prestes a ter nossas cabeças decepadas. Era problema de outra pessoa agora.
Black Box: Talvez o momento seja inadequado para discutir o assunto, mas enquanto você possa não ser capaz de salvar a si mesmo, você ainda pode ajudar a salvar a humanidade. Maya, se você me der o chip eu poderia transmitir os dados para a ONI.
Mshak: Você está brincando comigo? Por quê? Assim, eles podem encobrir tudo?
Black Box: A inteligência é uma trama. Estes dados devem ser combinados com tudo que a ONI sabe para separar fatos da ficção.
Mshak: Oh, por favor! A ONI não liga pra verdade!
Black Box: Oh, você sabe de tudo!
Mshak: Eu sei o que vi e vi um monte de…
Black Box: Eu tenho uma inteligência quase infinita.
Mshak: Não, eu sei… Você é um zumbi!
Black Box: Uau… impressionante!
Maya: Calem a boca, vocês dois! Dane-se a verdade! Nós podemos fazer qualquer coisa, você não vê? Importa mesmo se é apenas o começo, ou se pessoas vão morrer? Nós vamos morrer aqui. Hoje.
Bostwick: Não. Nós não morreremos.
Eu tinha quase esquecido que Bostwick estava lá.
Bostwick: Nós não podemos morrer aqui. Devemos avisar a todos.
De repente, Bostwick estava se dirigindo à mim de novo, com um ímpeto, um fogo selvagem em seus olhos que eu nunca tinha visto antes.
Bostwick: Não podemos deixar a ONI ou qualquer outra pessoa esconder isso. Eu entendi agora… temos que lutar por algo maior que nós mesmos. É o que Fero me disse. Você me disse. É maior do que qualquer um de nós e nós temos o poder de fazer alguma coisa. Temos que tentar!
Eu não podia acreditar. Ela viu que Fero era uma mentira. Viu que eu era um fantoche da ONI, mas… ela não se importava. Ela ainda acreditava em seus ideais.
Maya: Bostwick…
Bostwick: Tire-nos daqui, eu sei que você pode.
Mas, de repente, o nosso tempo acabou.
Ele apontou suas garras ásperas para Bostwick. Dois guardas Kig-Yar agarraram ela. Eu tentei impedir, mas eles eram muito fortes.
Maya: Bostwick!
Bostwick: FERO!
E em um instante, Bostwick tinha desaparecido. Comecei a andar pela cela, tentando pensar. Ela morreria, eles iriam matá-la. Eu não podia deixar isso acontecer. Eu tinha que encontrar uma saída imediatamente. Era praticamente impossível escapar de uma nave Covenant tão funcional, mas aquela nave havia tido dias melhores. Meus olhos analisavam a cela. O campo de energia parecia forte e estável. Mas as paredes… elas mostravam sinais de reparos. Danos de batalha reparados com tudo o que os Kig-Yar conseguiram encontrar. Passei meus dedos sobre uma rachadura.
(Maya arranca um pedaço da parede)
Black Box: Maya, o que você está fazendo?
Mshak: Uau! Isso é…
Maya: Um conduíte de energia.
Mshak: Oh, ok, ótimo! Então agora vamos morrer enquanto somos expostos à radiação.
Maya: BB, que essas condutas pode dirigir dados?
Black Box: Teoricamente…
Maya: Então, se eu ligar em você …
Black Box: Bem, há várias razões por que isso não é uma boa ideia. Em primeiro lugar, o choque poderia matá-la. Em segundo lugar, o choque poderia me matar. Em terceiro lugar, IAs da UNSC são expressamente proibidos de se conectar com naves Covenant. Mas já que você está me carregando até o duto e eu não tenho nenhum meio físico de impedir, eu acho que vai acontecer.
Maya: Aham.
Black Box: Bem, o que são alguns milhões de volts entre amigos? Mais uma vez na ponte!
(Maya liga Black Box ao conduíte.)
Maya: ARGH!
Quando o primeiro choque me atingiu, era como se alguém tivesse me dado um soco por trás da cabeça. Foi a parte menos dolorosa. A segunda descarga me fez voar. Acordei do outro lado da cela com minhas orelhas e músculos vibrando… mas meu coração ainda estava batendo.
Maya: BB!
Black Box: Só porque funcionou não significa que tenha sido uma boa ideia.
O escudo foi desativado, mas não conseguimos acessar muitos sistemas. Eu disse a Mshak para se esconder na baia enquanto eu estavam tentando rastrear Bostwick com os sensores internos do navio.
Black Box: Eu encontrei sinais de vida dois pavimentos acima, mas eles são muito fracos. E continuam enfraquecendo.
Maya: Nós não vamos sem ela.
Andei furtivamente pela nave, telas foram arrancadas das paredes, e estas pareciam estar vivas de tanta podridão.
Os Kig-Yar eram conhecidos por seus sentidos muito aguçados. Esse era o motivo pelo qual o Covenant os mandava em missões de reconhecimento. Eu tinha que ser silenciosa, mas o chão não ajudava. Cada passo me paralisava. Um erro e eles viriam.
Mais na frente, havia uma porta aberta. Eu tinha que passá-la, mas eu podia ver luzes e sombras dançando do lado de fora. Cuidadosamente, me aproximei da porta e espiei lá dentro.
A sala era nojenta. Lotada de Kig-Yar, todos agachados no chão em pequenos círculos. Eles estavam inquietos, prestando muita atenção. Eles me perceberiam num segundo se eu tentasse passar ali. Mas aí, outro Kig-Yar entrou. Ele era alto e magro e tinha penas brilhantes. Um oficial, talvez.
Ele carregava uma grande cuba. Ele parou perto de cada círculo para depositar uma espécie de ensopado terrível no chão, cheio de carne e olhos. Eu quase vomitei quando vi. Ao passo que ele parava em cada círculo, os Kig-Yar ficavam alvoroçados, esmagando as cabeças uns dos outros, lutando para reivindicar sua comida. Eu percebi que eles estavam distraídos, e quando o último círculo foi servido, passei pela porta e comecei a subir a escada, o mais rapida e silenciosamente que pude.
Os sensores mostraram que Bostwick estava bem acima de nós. Mas eu não tinha como saber se ela estava sozinha. Ou mesmo se ela ainda estava viva.
Chegando ao topo da escada, eu me inclinei no eixo de manutenção, meus olhos ainda se ajustando à escuridão. E de repente meu coração parou. A sala estava cheia de soldados Covenant. Era uma emboscada?
Foi quando eu percebi que eles não estavam se movendo. Eles foram ligados às paredes, vários membros e partes dos corpos de Elites, Brutes… alguns marinheiros humanos também. Eles foram dispostos como quebra-cabeças bizarros, uma espécie de história de guerra contada através de taxidermia. E então, eu a vi.
Maya: Bostwick…
Presa a uma mesa no outro extremo da sala, um cirurgião Kig-Yar estava preparando suas ferramentas em cima dela. Ele estava prestes a adicioná-la à coleção.
Eu precisava de uma arma. Qualquer coisa. Havia apenas uma coisa que eu poderia usar. Era um Brute. Ou, mais precisamente, o seu crânio. Branco e enorme. Eu silenciosamente levantou e me esgueirei até ele.
O primeiro acerto o pegou de surpresa, mas ele ainda estava de pé. Ele levantou sua faca de plasma enquanto eu o acertava de novo e de novo. Ele finalmente caiu, mas eu tinha certeza de que todo a nave tinha ouvido o barulho.
Bostwick: Hah! Toma essa, seu pássaro estúpido!
Maya: Bostwick, temos de ir embora.
(Bostiwck cospe no Kig-Yar)
Bostwick: Sim, tudo bem.
Era inútil ser discreto agora. Nós corremos muito. A nave era um labirinto de equipamentos queimados e caminhos sem saída, mas finalmente chegamos ao nosso destino. Podíamos ver o nosso navio no outro extremo. Nos apressamos, mas quando estávamos quase na porta… ela apareceu.
Chur’R-Zal tinha nos pego. Estávamos cercados.
Chur’r-Zal: Nenhum valor! Você mente! Armadilha! Tempo perdido!
(Chur’R-Zal grita ordens para sua tripulação)
Maya: Eu acho que ela não está dizendo a eles para nos deixar ir.
Black Box: É difícil de traduzir com precisão as suas instruções, mas elas envolvem arrancar seus olhos.
Eu sabia que blefar não iria funcionar desta vez. Mas talvez eu não precisasse. De repente me ocorreu que eu poderia lhe oferecer algo que realmente tinha valor.
Maya: Eu posso provar o nosso valor com uma pergunta: por que a nave não entrou no subespaço? Que tipo de pirata ataca e, em seguida, continua ali parado, arriscando uma retaliação?
(Chur’r-Zal responde com um silvo irritado)
Black Box: Ela disse que seu navio é grande e poderoso. Ninguém pode enfrentá-los e sobreviver.
Chur’r-Zal: Sem tempo. Não esconder. Forte!
Maya: Você é uma mentirosa. Eu vi o estado de sua nave. Você não entrou no subespaço porque não pode. Por que os motores não funcionam e você não tem ideia de como corrigi-los.
(Chur’r-zal rosna)
Maya: Diga-me que estou errada.
Ela tinha uma nave de guerra poderosa, mas estava presa em um único sistema solar, em velocidade sub-luz. Ela era como um tubarão condenado a nadar em um aquário.
Black Box: Uma visão impressionante, Maya. Para um ser humano. Meus sensores realmente indicam de fato de que os mecanismos de subespaço estão quebrados. Provavelmente uma medida de segurança posta em prática antes dos Kig-Yar tomarem posse da nave.
Chur’r-Zal: Você reparar. Sim. Isso prova valor!
Maya: Nós podemos consertar. Mas o preço é a nossa liberdade e o nosso navio.
Ela silvou e inclinou-se para a frente. Os Kig-Yar se agitaram, desconfortáveis, prontos para começar mais violência, esperando ansiosamente a decisão de Chur’r-Zal. Eu estava ansioso também. Eu senti que tinha acabado de fazer minha última jogada, e se ela dissesse não, eu sabia que acabaríamos naquela parede de horrores, pedaço por pedaço. Ela se aproximou de mim. Eu senti sua respiração no meu rosto. Eu não conseguia respirar. Mas também não estremeci.
Chur’r-Zal: Você repara… você livre.
Tradução: Roberta Fernandes