Como de costume, todas as tardes de terça-feira é liberado um novo episódio da segunda temporada do Hunt The Truth. Nesta não foi diferente, a 343 industries liberou mais uma Imagem e mais um Capitulo da Série. A Imagem é titulada como “Dasc” e o áudio como “Where the third life shines” (Quando a Terceira Vida brilha)
Dasc:
“Luz solar, canto dos pássaros, roupa de camas e pinheiros. Se não fosse pelos membros de seitas, teria sido muito agradável”.
Segue abaixo o Áudio e a tradução:
Eu não podia acreditar que tínhamos escapado com nossos membros intactos. Mas a capitã tinha aceitado nossas condições e agora o show de terror dos Kig-Yar havia ficado para trás. Estávamos vivos. E melhor ainda, fora do perímetro Jackal.
Black Box: Acabei de analisar as leituras atmosférias do chip de Ari.
Maya: Vai ajudar agora? Pensei que você era o cara da firma.
Black Box: E sou. Mas eu sabia que você pediria para Mshak fazer isso, então pensei que seria melhor fazer de maneira apropriada. Entre essas leituras e as das outras quatro colônias – desprezando condições climáticas pré-evento em cada mundo – um padrão surgiu.
Maya: Um padrão? Que tipo de padrão?
Black Box: Nos dias e horários em que as anomalias aconteceram, cada planeta experienciou uma onda de distúrbios gravitacionais e eletromagnéticos específica.
Maya: Então se nós acharmos um planeta nestas condições, poderemos prever a próxima anomalia! Mshak, pode verificar os planetas das colônias locais?
Mshak: Já estou vendo! Eu só posso acessar alguns mundos vizinhos mas… encontrei um correspondente. Um planeta chamado Laika III. Estatisticamente falando, eles estão prestes a ter um dia bem ruim.
Bostwick: Temos que avisá-los, ajudá-los a evacuar, qualquer coisa!
Black Box: Antes de configurar a rota, saibam que repassei minhas pesquisas para o quartel da ONI.
Bostwick: Você fez o quê?
Mshak: Atirem nele!
Black Box: Um mundo altamente povoado está prestes a ser atingido por uma anomalia comprovadamente catastrófica. Milhões de vidas podem estar em risco. O governo encarregado de sua defesa deve estar ciente disto.
Maya: A ONI não vai salvar essas pessoas! Eles vão deixar essas pessoas morrerem, porque é o que eles fazem. Você sabe disso!
Mshak: Atirem nele!
Black Box: Sim, Maya, eu sei disso. A ONI não vai salvar vidas em Laika III, porque aquelas vidas não podem ser salvas.
Bostwick: Você não sabe disso!
Mshak: Vocês precisam atirar nele!
Black Box: A UNSC vai mandar tropas a Laika III com o objetivo de conter os danos.
Bostwick: Você quer dizer “controlar a história”.
Black Box: Seus esforços vão poupar inúmeras colônias de entrar em pânico desnecessário.
Bostwick: Desnecessário? Parece bem necessário pra mim.
Black Box: Eu lhe garanto, certamente já é tarde demais para evacuar qualquer um dos principais centros de população de Laika III. Essas pessoas vão morrer, mas outras podem ser salvas.
Bostwick: Precisamos ao menos tentar!
Eu passei anos brincando de fingir ser heroi. Agindo com um propósito maior. Eu sempre disse a mim mesma que era só isso, uma atuação. Mas com Bostwick na minha frente, pronta para arriscar tudo, eu sabia que acreditava naquilo também. E se eu acreditava, por quê eu não poderia viver isso? O que Maya deveria fazer havia ficado muito confuso para mim. Mas, o que FERO faria? A essa altura, essa era a coisa mais clara em minha mente.
Maya: Configurem a rota para Laika III.
Ao passo que saíamos do subespaço, a janela da cabine rapidamente se encheu de azul e verde. Laika III não apenas parecia com a Terra, parecia uma Terra perfeita. Linda e exuberante. Pontilhada por cidades, mas não sobrecarregada. Até mesmo Bostwick, que raramente achava motivo para parar e cheirar rosas, estava impressionada.
Bostwick: Tudo aquilo… são árvores?
Black Box: Eu não me apegaria tanto.
Mshak: Você sabe que tem pessoas lá embaixo também.
Black Box: Sim. Milhões delas. E é por isso que estou curioso sobre como Maya planeja convencer todas elas a seguirem as predições insanas de FERO, uma terrorista conhecida, e aí colocar todos a bordo desta nave de dez lugares. Posso até não ter um corpo físico, mas até para mim parece um pouco apertado.
Maya: Você está certo. Não podemos evacuar todos… mas também não precisamos. Se a destruição for parecida com a de Conrad’s Point, o dano maior vai ficar concentrado em uma região. Nós só precisamos evacuar as pessoas nessa área.
Mshak: Já comecei a escanear a superfície para ver se acho alguma irregularidade, e se esses padrões climáticos podem ser levados a sér-AGH!
(Uma pedra bate na nave.)
O primeiro golpe foi tão de repente que pensei que tivéssemos batido em algum satélite à deriva. Mas aí uma mensagem apareceu no painel de controle.
Maya: “Estou te vendo, FERO.”
“Estou te vendo, FERO.”
Maya: Ilsa.
Ilsa Zane. A cobaia Spartan de dois metros e psicopata com planos de uma guerra geral contra a UNSC. O ataque aéreo destruiu sua base, e me fez seu alvo número um.
Bostwick: Como diabos ela nos achou?
Maya: Ela deve ter posto um rastreador em nós. Não importa, ela está aqui agora.
Eu tentei pensar. Ela nos deixou desarmados. Talvez eu pudesse ligar o motor. Mas já era tarde demais.
(Um foguete atinge a nave.)
Black Box: Os mecanismos acabam de ser danificados.
Mshak vai até o comunicador.
Mshak: É, oi, olá. Hum, perguntinha rápida. E se tiver alguém nessa nave que não tenha feito nada a você, e que você não esteja brava com essa pessoa. E…
Maya: Sai da frente, Mshak.
Mshak: Valeu a tentativa!
Maya: Ilsa, me ouça. Aqueles colonos lá embaixo, eles estão todos em perigo. Outro evento está vindo. É…
Ilsa (na chamada): E você me trouxe exatamente até ele! Acho que te devo um agradecimento, FERO. O que quer que esteja lá embaixo deve ter assustado a UNSC inteira. E algo tão poderoso assim será um ótimo consolo para o exército que você tirou de mim. Então eu irei tomar o controle dessa coisa e fazê-la descer pela garganta da UNSC e por suas tripas. E já que dei o recado… adeus, FERO.
(Outras pedras batem na nave.)
Eu nos lancei em uma queda o mais rapido que pude, mas Ilsa já havia acabado com a maioria dos nossos sistemas.
Black Box: Maya, me dê os controles.
Maya: Por quê? Para você nos esmagar no chão de propósito?
Black Box: Não, para eu salvar sua vida. Você não tem habilidade para aterrisar essa nave a essa velocidade e com esses danos, mas eu tenho. Eu posso ouvir o incêndio da reentrada bem à minha volta. Chegamos à atmosfera numa velocidade insada e o casco da nave mal estava se segurando.
Bostwick: Não o ouça. Se a nave explodir, estamos mortos, mas ele vai ficar bem. Ele vai apenas acordar de volta na ONI.
Black Box: Maya, eu prometo que não quero te ver machucada. Você não pode aterrisar a nave. Eu posso.
Eu poderia sentir a nave esquentando ao meu redor, o cheiro dos bancos começando a derreter e se dobrar.
Maya: Ok, vá!
Eu dei os controles para BB e fechei meus olhos ao passo que as forças gravitacionais se exerciam dentro do meu corpo.
E aí tudo era só… preto. Ou branco… eu não me lembro. É tudo tão… vago. Não consigo me lembrar. Quanto mais eu tento, mais me foge à memória. As únicas coisas que pareciam ser reais eram o fogo. E a terra… e o céu…
A próxima coisa da qual me lembro era a sensação de lençois frescos contra a minha pele. E o cheiro de grama. Neve derretendo. Eu não queria abrir meus olhos. Tudo parecia tão bom. Seguro. Por um momento, parecia que tudo tinha sido um sonho. Eu estava acordando na cabana. Meu pai iria entrar a qualquer momento e me acordar com o mais silencioso dos sussurros. Eu ouvi sua voz quando abri meus olhos.
Dasc: Bom dia, querida.
O brilho do sol da manhã era suave e calmo à sua volta. Ele estava de pé ao lado da cama. Tudo que eu vi de primeira foi aquele olhar afetuoso. Eu estava presa em seus olhos. Mas o mundo estava lentamente ficando mais nítido, e eu o vi… pele firme e pálida, uma barba fina grisalha e sem sobrancelhas. Eu o tinha visto antes. Em um vídeo que Mshak havia me mostrado no esconderijo. Dasc Gevadim. O líder da Tríade.
Dasc: Está tudo bem. Está tudo bem, você está segura. Está protegida.
Eu estava tentando juntar as peças. A colisão. Eu sobrevivi. Os membros da Tríade devem ter me achado e me trazido para cá. E aí eu lembrei.
Maya: Bostwick! Mshak!
Pulei para ficar de pé, mas fui rápida demais. Minha cabeça estava latejando. Caí de volta na cama.
Maya: Ahhhhh…
Dasc: Devagar. Devagaaaar, minha querida, seu corpo dolorido, sua mente turbulenta… você sobreviveu uma queda e tanto, passou por tanta coisa. Mas você pode se confortar agora. Seus amigos estão vivos, você está viva, bastante até. Vocês estão todos aqui e estão seguros.
Maya: Preciso vê-los.
Dasc: E você vai. Em muito breve. Oh, por favor perdoe minha elação. Você deve entender, o fato de você estar aqui não é aleatório. Nosso universo sempre está nos movendo em direção a uma consonância, não por manipulação divina ou coincidência, mas simplesmente pelo ímpeto à inevitabilidade. Nós quase alcançamos tal arrebatamento, e nesta aproximação final, os frutos dessa convergência estão amadurecendo exponencialmente. E agora, você vem tão repentinamente das nuvens em uma escandalosa bola de fogo. WOOOOOOO SHOO BOOM! Eu vi e caí de joelhos, minha descrença cedendo ao temor, arrebatada pelas chamas, esperando impacientemente pelo meu povo me contar que você havia sobrevivido e então, quando eles me contaram quem você era! Quem eu sabia que você seria!
Eu congelei. Quem ele pensava que eu era? Aquele sorriso calmo e acolhedor dele, me iluminando… começou a parecer assustador e perigoso.
Dasc: Esse é o dia. A Transcendência está sobre nós, e você, a grande FERO, caiu do céu, bem na hora.
Maya: Como você…
Dasc: Sou humilde aos meus momentos mais simples.
Maya: Bem na hora para…?
Dasc: Não, não, não, não! Shhhhh… minha querida, por favor. Não fale. Não devemos permitir que o nectar cintilante de sua mente escape de seus lábios sem que seja registrado para a posteridade. Junte-se a mim na avaliação. Você não sabe o quão está fazendo bem para a humanidade agora.
Eu estava tentando fazer tudo se encaixar, mas minha cabeça ainda estava vagarosa e antes que eu pudesse me dar conta, ele estava pegando a minha mão, me levantando, me levando pra fora, à manhã brilhante. Estava acontecendo rápido demais para eu processar.
O acampamento da Tríade estava espalhado por uma pequena clareira cercada por uma floresta de vegetação esparsa. Algumas construções ali e aqui, mas a maioria das pessoas lá pareciam ter acabado de chegar, montando barracas ou deitando a céu aberto. Todos, homens, mulheres e crianças usavam vestes simples, frouxas na cintura. Eles sorriam com lábios cerrados e acenavam com a cabeça quando passávamos. Todos tinham o mesmo cabelo, curto e liso, suas sobrancelhas raspadas, aquele brilho estelar em seus olhos. Parecia que estavam compartilhando algo estranhamente privado. Alguns homens de meia idade se revezavam em rolar montanha abaixo, dançar como crianças, encharcados de suor. As pessoas colocavam suas mãos nas cinturas umas das outras, testas coladas, murmurando. Eu podia jurar que ouvi uma criança chorando, em algum lugar na floresta, mas ninguém pareceu ter escutado. Por trás de toda essa… paz, parecia que algo estava borbulhando, se agitando logo abaixo da superfície, algo profundo e terrível, pronto para explodir. Enquanto Dasc me guiava por esse cenário surreal, ele acenava com a cabeça para todos os seus gratos seguidores. O ar fresco batendo em minhas bochechas estava começando a me acordar, e então eu percebi que Dasc esteve segurando minha mão esse tempo todo. Me senti enjoada.
Dasc: Você sabia que quando o Covenant era a potência eminente em nossa galáxia, eles eram governados por Hierarquias, uma ordem de três profetas emergindo em uma nova era com as bençãos de um Oráculo. Essas Hierarquias estavam certas em perceber a continuidade e pastoreá-la, mas na arrogância de sua perlustração, eles confundiram os textos antigos, acreditando que o triunvirato do ego era físico, quando na verdade a ordem de três é interna. Há um grande renascimento vindo, minha querida.
Dasc me levou a uma pequena sala. Dentro, eu vi instrumentos médicos antigos em uma mesa.
Maya: O que é isso?
Dasc: Apenas um simples teste. Sem impacto… ou peso. Não altera nada e pega apenas a marca que quiser deixar. Por favor. Sente-se.
Eu me sentei à mesa ao lado de Dasc enquanto um de seus seguidores colocavam alguma engenhoca metálica antiga nas minhas mãos e cabeça. Dasc não tirava seus olhos de mim. Não parava de sorrir. Eu olhei para o homem que me preparava para a avaliação. Seu rosto estava desnecessariamente próximo ao meu, círculos escuros abaixo de seus desesperados olhos, um sorriso duro cortado em sua pele perfeitamente macia. Mas sua boca cheirava a bile. Prendi a respiração.
Sacerdote: A magnificência deste dia enche meu corpo de luz e serei simples para sempre.
Dasc: Obrigado por brilhar, Sacerdote.
O homem se inclinou, beijou a bochecha de Dasc e então andou de ré até a parede com suas mãos em seu coração. Aquele sorriso repulsivo.
Dasc: O que você sabe sobre mim, FERO?
Maya: Você é um líder espiritual.
Dasc: Estas são palavras vazias de julgadores distantes. O que você sabe sobre mim?
Maya: Você afirma que todos tem três vidas espirituais e encoraja seus seguidores a conectar todas elas. Você diz que é como eles podem atingir a Transcendência. E você acredita que essas anomalias são um bilhete só de ida.
Dasc: Muito bom. Mas mesmo que as palavras saiam de sua boca, elas não vem de seu âmago. Por que carrega tanta resistência à verdade?
Maya: Porque acho que você está vendendo gato por lebre.
Isso pareceu irritar os discípulos de Dasc. Ele levantou sua mão e eles pararam.
Discípulos: Paaaaaaaaz… Paz seja!
Dasc: Por favor. Continue.
Maya: Você… você criou uma crença auto-justificativa e a blindou usando misticismo. Aí, você usa isso para caçar pessoas desesperadas.
Dasc: Eu não caço ninguém. Todos aqui vieram por livre e espontânea vontade e-
Maya: Todo mundo aqui é coordenado por você, porque sua filosofia, de alguma maneira, sempre requer sua orientação pessoal. É como você monta seu circo. Você está sempre movendo o alvo, de maneira que eles sempre vão precisar de você. Isso faz de você um charlatão predatório. Na verdade… sabe o que eu acho, Dasc?
Dasc: Mmm. Me diga.
Maya: Eu acho que essa anomalia vai sair do chão e vocês todos vão morrer. Eu também acho que se você não me mostrar onde meus amigos estão neste momento, eu vou começar a destruir esse lugar-
Os olhos de Dasc se voltaram para um de seus seguidores no canto. Eles imediatamente trouxeram Mshak para a sala.
Maya: Ah meu Deus, Mshak!
Mshak: FERO? Ei!
Maya: Você está bem?
Mshak: Sim, estou ótimo. Ei, olha só essa roupa legal que eles me deram.
Maya: Sim. É legal, Mshak. Cadê a Bostwick?
Mshak lançou um olhar fixo para mim, e discretamente apontou com a cabeça na direção de Dasc e os outros Tríades conversando no canto. Aparentemente, ele não queria que eles se perguntassem onde Bostwick estava.
Mshak: Oh, Bostwick? Sim, ela está… no campo, ajudando com as novas chegadas.
Ele não estava mesmo sendo discreto, mas ainda assim eu não tinha ideia de onde Bostwick estava. Porém, antes que eu pudesse perguntar, Dasc estava no meu pé de novo.
Dasc: Eu enxergo toda a dor em você, FERO. As grandes perdas que você sofreu vivendo duas vidas muito diferentes e desligadas. É hora de você conectá-las e abraçar seu terceiro ego. Só aí você vai achar verdadeiramente a paz.
Maya: Como você soube que a anomalia aconteceria aqui?
Dasc: Eu a ouvi vindo. A Transcendência canta para todos nós, basta ouvir, minha querida. Oh, aquela voz… é uma grande lamúria contra o cosmos, e me guiou a ouvir com nada mais ou menos que a inevitabilidade. Nós estamos prestes a testemunhar um renascimento para a humanidade. Aqueles que estão comigo na auto-acreção vão achar a grande paz…
Ele se inclinou em minha direção e seu sorriso se esvaiu de seu rosto.
Dasc: …e aqueles que se apegam a si mesmos serão despedaçados. Mas, não se preocupe, minha querida. Não vou deixar isso acontecer com você.
Seu rosto se animou instantaneamente enquanto ele se virou e saiu suavemente da sala, com seus discípulos logo atrás.
Maya: Mshak! Precisamos ir agora.
Mshak: Ok…
Ao passo que eu me aproximava da porta, eu notei que meia dúzia de homens tinham vindo e estavam do lado de fora, de guarda. Dasc não iria nos deixar ir. Eu estava analisando a sala, procurando por outra saída, quando os homens lá fora começaram a… gemer.
Dasc: Clamem, clamem, meus doces filhos! Sim… Sim!
Dasc entrou na sala de novo e estendeu sua mão para mim.
Dasc: FERO, caída do céu, ascenda e junte-se a mim, para estar entre os bem-aventurados que testemunharão.
Eles levaram Mshak e eu até a clareira. Todos os seguidores se espalharam à volta, de pé e gemendo, as mãos como se quisessem alcançar algo. Eu não sabia o quê. Até eu ver as rochas.
Mshak: Ok… isso não é normal.
Rochas, pedras, pedaços de madeira… eles estavam subindo, flutuando no ar à nossa volta. Eu senti meu pé sair do chão.
Black Box: Interferência gravitacional…
Maya: Está começando, precisamos ir.
Pedaços soltos do planeta estavam flutuando por toda parte.
Dasc: Doces filhos do universo…
Eu me virei e vi Dasc no meio da clareira, seus seguidores se aglomerando à sua volta. De repente, Dasc estava levitando, um metro acima da grama, seus olhos voltados para o céu.
Mshak: Hum… você está vendo isso?
Dasc: Neste plano mentiroso de causação e partícula, nossa força central é mansa e quieta, assim como a gravidade que se eleva a níveis invisíveis a olhos orgânicos, inesperados por mentes símias, nós ascendemos para além desta membrana, aos espaços mais altos, onde o Agora é nulo e a Necessidade é nenhuma. E então nós viemos para onde a Terceira Vida brilha.
Com Dasc suspenso no ar acima de nós, eu assistia alguns de seus seguidores começarem a subir também, seus pés lentamente saindo do chão.
Então, o rosto de Dasc se voltou para baixo e ele olhou bem para mim.
Dasc: O fim começou.
Tradução: Roberta Fernandes